Hoje é o Dia Internacional da Mulher Indígena, como mulher indígena e liderança do povo Kokama, que tem lutado incansavelmente em prol dos direitos indígenas em busca da melhoria da qualidade de vida do povo indígena brasileiro, seja através da luta que travamos pelo reconhecimento do governo brasileiro de etnias no Estado do Amazonas que existiam mais que órgãos governamentais e ONGs diziam serem extintas ou pela identificação, demarcação e homologação de terras indígenas e conseqüentemente o reconhecimento oficial do governo brasileiro aos direitos constitucionais dos povos indígenas, tendo os mesmos direitos que todos os cidadãos brasileiro.Trabalhando ha 18 anos de forma voluntária em prol dos direitos indígenas para mim é uma recompensa, ao saber que minha luta não foi em vão e que não se trata de um idealismo quixotesco e sim de uma realidade que transformou os que não existiam nem nas estatísticas e nem eram reconhecidos pelos governos como cidadãos brasileiros.
Muitos indígenas que no passado viviam na obscuridade e nem tinham seus direitos reconhecidos, hoje fazem parte da comunhão nacional. Os idosos conseguiram suas tão necessárias aposentadorias, mulheres grávidas os auxílios maternidades, convalescentes os auxílios doenças. E os jovens chegaram às universidades bem como na vida política. Temos vários candidatos /candidatas, a vereadores em vários municípios.
Nas eleições de 2010, quebrei um tabu, o de que as mulheres indígenas no Amazonas só serviam para fazer roça e criar filhos em casa, fui a primeira candidata a deputada estadual e sofri muitas perseguições e discriminações mas ao final da campanha, mesmo não tendo êxito nas urnas, me senti uma mulher vitoriosa por ter tido a coragem de poder enfrentar mais esse desafio, leia o artigo “Os tabus quebrados pelas mulheres nas eleições de 2010’’ no link; http://reginacoiama.blogspot.com.br/2011/04/tabus-quebrados-nas-eleicoes-de-2010.html e ‘’Mulheres na Política’’ no
Hoje, minha filha Isabel Bivar que tem me acompanhado por todas essas trajetórias seja na política indígena ou partidária, segue meus passos e foi convidada a participar destas eleições municipais como candidata a vereadora em Manaus e, tem tido dificuldades tentando apresentar suas propostas no Programa Eleitoral Gratuito o que não conseguiu até hoje, mais como eu, não desiste fácil e, aos que desejarem conhecer suas propostas é só acessar os Links: http://www.youtube.com/watch?v=qawjsybnImc&feature=share
Mas hoje, sendo o Dia da Elevação da Categoria de Província do Amazonas, vamos dar os nossos parabéns ao Amazonas e torcer para que na política, um dia o nosso estado possa se elevar a categoria de Metrópole.
Parabéns também á todas as mulheres indígenas por este dia. No dia 5 de Setembro celebra-se o Dia Internacional da Mulher Indígena, instituído em 1983 durante o II encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu (Bolívia). A data foi escolhida porque em dia 5 de Setembro morreu Bartolina Sisa, uma valente mulher indígena quéchua no Alto Peru.
As lutas das mulheres indígenas
Hoje em dia, a problemática da mulher indígena na cidade e nas comunidades andinas e amazônicas abarca diretamente os aspectos centrais de nosso desenvolvimento como país: a política econômica, agrária, educativa, de saúde, habitação, direitos humanos etc.
Apesar dos séculos transcorridos de constante exclusão, a mulher indígena continua persistindo e transmitindo vida aos povos originários do continente; e é, ao mesmo tempo, a portadora de esperança para o resgate e a visibilização de nossos povos ameaçados.
Seus mecanismos de mudança e resistência, seus processos de constituição de identidades pessoais e coletivas e as mediações, que devem exercer entre identidade e ação, torna-as capazes de encarar os desafios urgentes dos tempos atuais, através de organizações que trabalham e avançam para que possam ser protagonistas, se capacitem e desenvolvam faculdades de liderança que lhes permitam exercer plenamente seus direitos cidadãos a partir de sua própria especificidade étnico-cultural, e participar na vida nacional como portadores de um valioso legado cultural e social e como porta vozes das demandas e propostas dos povos originários.
Fonte: Adital
Apesar dos séculos transcorridos de constante exclusão, a mulher indígena continua persistindo e transmitindo vida aos povos originários do continente; e é, ao mesmo tempo, a portadora de esperança para o resgate e a visibilização de nossos povos ameaçados.
Seus mecanismos de mudança e resistência, seus processos de constituição de identidades pessoais e coletivas e as mediações, que devem exercer entre identidade e ação, torna-as capazes de encarar os desafios urgentes dos tempos atuais, através de organizações que trabalham e avançam para que possam ser protagonistas, se capacitem e desenvolvam faculdades de liderança que lhes permitam exercer plenamente seus direitos cidadãos a partir de sua própria especificidade étnico-cultural, e participar na vida nacional como portadores de um valioso legado cultural e social e como porta vozes das demandas e propostas dos povos originários.
Fonte: Adital

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