domingo, 19 de agosto de 2012

POLÍTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS E ECLESIÁSTICOS

Estamos em época de eleições municipais e sinto como todo cidadão brasileiro na obrigação de participar mesmo que indiretamente deste processo democrático que todos nós brasileiros conquistamos, em passeatas nas ruas ou se manifestando em favor da democracia. Não adianta reclamar que os políticos não prestam etc., ou que nada mudará, se temos nossos direitos políticos para se manifestar e até se candidatar para tentar concertar aquilo que achamos que está errado.
Tentei isso em 2010, como candidata a pleitear uma vaga na Assembléia Legislativa do Amazonas, fui discriminada, ao ponto de sequer aparecer nos programas gratuitos de Rádio e Televisão, mais como tenho um trabalho social e indígena há mais de 17 anos no interior e em Manaus, resolvi levar adiante o projeto político e sem saber, como mulher indígena, estava quebrando um tabu, que era o de ser a primeira candidata a deputada estadual indígena do estado do Amazonas.
Minha filha Isabel Bivar me acompanhou em todos os momentos e assistiu toda essa luta que travei, com políticos e até mesmo com parentes indígenas que discriminavam e não aceitava a participação da mulher indígena no processo político, o resultado disto é que não tendo mulheres indígenas como opção as parentes acabavam apoiando candidatas que nada tinham a ver com o nosso Movimento.
Mais infelizmente esta não aceitação de candidatas e candidatos que não tem apoio de um sistema que visa apenas eleger seus candidatos, para lutar em prol de interesses daqueles que estão no poder em cargos do Executivo, e não do interesse da população. 
No meu ponto de vista, quando queremos mudar algo em nossas vidas, temos que não apenas tomar a iniciativa, mais se unir a quem tem condições de realizar aquilo que precisamos para a nossa sobrevivência, sem isso jamais vamos conseguir atingir os objetivos que queremos, digo isso porque depois de uma experiência que tive em 1999, quando um grupo de pessoas da rua onde moro, queria realizar um trabalho social através da criação de uma comunidade religiosa e veja vocês o resultado:  Durante as reuniões do Natal em Família em 1998, que eram realizadas nas residências na Rua Emilio Moreira no centro de Manaus, sob a iniciativa de uma moradores desta Rua, foi sugerida a criação pela proprietária da casa ao qual era realizada a reunião do dia, Sra. Antonia, a criação de uma comunidade, pois os moradores estavam precisando de um local para desenvolver um trabalho social e sempre se falava sobre este assunto. Ao término do Natal em Família, decidiu-se então criar a comunidade de Santa Inês. Como não havia local disponível para a realização das reuniões, e ninguém se propôs a ceder suas residências, iniciou se a Comunidade Santa Inês, no começo do ano de 1999 na casa da Sra. Regina Bivar Silva, que cedeu a sua casa para começar a funcionar esta comunidade, foi então inaugurada oficialmente, com a realização de sua 1º reunião no dia 21 de Janeiro, se prolongando as reuniões neste local durante 09 meses, e que ganhou este nome pelo fato de que naquela data comemora-se o dia de Santa Inês, permanecendo lá até o mês de Setembro, de onde saiu para a residência de outra moradora, próximo ao local onde se encontra hoje a comunidade onde aconteceram duas reuniões, até mudar-se novamente, desta vez para o seu próprio endereço, na Rua Emilio Moreira nº395, graças a ajuda do Pároco da igreja de São José Operário a época, Sérgio Costa Lúcio o qual tomou a iniciativa de adquirir o imóvel para a realização de reuniões como também atividades sociais.

Nenhum comentário: