Mês de junho e ano de eleição, e já começaram as conquistas aos chamados ‘redutos eleitorais’, que nada mais é do que comunidades indígenas, que já estão sendo “visitadas” pelos futuros candidatos a prefeitos e vereadores.
Este é um sistema rotativo a cada 4 anos e que é também um dos principais motivos dos retrocessos aos povos indígenas (me refiro ao Amazonas), Porém o domínio já vem de longos anos, desde a colonização quando índios ficavam revoltados por verem suas filhas se unirem aos brancos por mandado dos patrões para que esse”cunhados”, pudessem dominar melhor os índios que se rebelavam diante dos colonizadores.
Hoje, esse sistema mudou um pouco, e o/a indígena que vem para a capital, se une aos não índios, mas os levam aos seus lugares onde nasceram “suas bases eleitorais”, e estes levam geralmente influências negativas e os que lá se encontram trocam sua identidade cultural para cabos eleitorais dos amigos de confiança do “cunhado”, que não entende nada dos problemas deles e não faz nada para ajudá-los. Mais ou menos como aconteceu com os nossos antepassados, quando aqui chegaram os portugueses, cujo final desta história todos já conhecem.
Até poucos dias atrás o assunto era a maior enchente, mas agora é como se já tivesse secado tudo, e o que mais se vê são os candidatos subindo e descendo rios, nada os impede e vale tudo até dizer que quando eles ganharem não haverá mais enchentes ou vazantes...
Às vezes me perguntam, mais o índio já não é politizado? Embora alguns já tenham uma pequena idéia do que é conhecimentos políticos, de alguma forma acabam caindo na armadilha, o pensamento da tutela ainda persiste, só que agora com a tutela política que é dominadora e ameaçadora tanto quanto o pirarucu bóia nos rios Amazônicos em épocas de enchente.
Em 2009, fui a primeira candidata a deputada estadual indígena do estado do Amazonas, fui discriminada até pelo candidato majoritário, e o que me levou a essa candidatura. Foi por estar cansada de ouvir lamentações dos parentes após eleições. Tive a oportunidade de ver, o quanto que falta para que o índio tenha voz ativa no processo eleitoral, pois tive conhecimento de índios com mandatos que foram eleitos apenas para trazer votos para o majoritário local e durante o seu mandato, só fazem assinar, não importa o que seja.
Sei que alguns parentes que lêem meus artigos, vão achar estranha essa forma de expor a triste realidade política, mas seria bom que eles começassem a fazer reflexões sobre o que está acontecendo, pois paralelo ao último mês das convenções municipais, está acontecendo também a Rio + 20 um Fórum Mundial de discussão sobre a preservação do Meio Ambiente e projetos que tratam da Sustentabilidade para toda a humanidade e, os índios que são os principais protetores da preservação do meio ambiente deveriam se integrar mais a essas causas e não ficar se preocupando com a sustentabilidade do político, cuja maioria só tem um objetivo, transformar a natureza em cinzas.
(charge do site:encantamentosdaliteratura.blogspot.com)
Este é um sistema rotativo a cada 4 anos e que é também um dos principais motivos dos retrocessos aos povos indígenas (me refiro ao Amazonas), Porém o domínio já vem de longos anos, desde a colonização quando índios ficavam revoltados por verem suas filhas se unirem aos brancos por mandado dos patrões para que esse”cunhados”, pudessem dominar melhor os índios que se rebelavam diante dos colonizadores.
Hoje, esse sistema mudou um pouco, e o/a indígena que vem para a capital, se une aos não índios, mas os levam aos seus lugares onde nasceram “suas bases eleitorais”, e estes levam geralmente influências negativas e os que lá se encontram trocam sua identidade cultural para cabos eleitorais dos amigos de confiança do “cunhado”, que não entende nada dos problemas deles e não faz nada para ajudá-los. Mais ou menos como aconteceu com os nossos antepassados, quando aqui chegaram os portugueses, cujo final desta história todos já conhecem.
Até poucos dias atrás o assunto era a maior enchente, mas agora é como se já tivesse secado tudo, e o que mais se vê são os candidatos subindo e descendo rios, nada os impede e vale tudo até dizer que quando eles ganharem não haverá mais enchentes ou vazantes...
Às vezes me perguntam, mais o índio já não é politizado? Embora alguns já tenham uma pequena idéia do que é conhecimentos políticos, de alguma forma acabam caindo na armadilha, o pensamento da tutela ainda persiste, só que agora com a tutela política que é dominadora e ameaçadora tanto quanto o pirarucu bóia nos rios Amazônicos em épocas de enchente.
Em 2009, fui a primeira candidata a deputada estadual indígena do estado do Amazonas, fui discriminada até pelo candidato majoritário, e o que me levou a essa candidatura. Foi por estar cansada de ouvir lamentações dos parentes após eleições. Tive a oportunidade de ver, o quanto que falta para que o índio tenha voz ativa no processo eleitoral, pois tive conhecimento de índios com mandatos que foram eleitos apenas para trazer votos para o majoritário local e durante o seu mandato, só fazem assinar, não importa o que seja.
Sei que alguns parentes que lêem meus artigos, vão achar estranha essa forma de expor a triste realidade política, mas seria bom que eles começassem a fazer reflexões sobre o que está acontecendo, pois paralelo ao último mês das convenções municipais, está acontecendo também a Rio + 20 um Fórum Mundial de discussão sobre a preservação do Meio Ambiente e projetos que tratam da Sustentabilidade para toda a humanidade e, os índios que são os principais protetores da preservação do meio ambiente deveriam se integrar mais a essas causas e não ficar se preocupando com a sustentabilidade do político, cuja maioria só tem um objetivo, transformar a natureza em cinzas.

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