Cliquer na seta para assistir ao vídeo.No ano passado, no dia do índio, Regina e sua filha Isabel Ribeiro Silva, promoveram o ''Primeiro Encontro Cultural Indígena'' na sede da COIAMA, em Manaus, onde foi escrita ''A Carta dos Caciques de Manaus''que posteriormente foi entregue as autoridades do Amazonas, solicitando providências para os indígenas que estavam habitando em praças públicas e em áreas de riscos e invassões.
Em Manaus, indígenas que não tinham como ganhar o seu pão de cada dia, consegui que um Vereador aprovasse uma Lei na Câmara Municipal e que o Prefeito sancionasse, concedendo espaço e quiosques para venderem seus artesanatos.
Os indígenas que não tinham um teto para morar em Manaus, e viviam sendo usados por grileiros de terras e movimentos organizados não indígenas, lutei para que o governo do estado pudesse doar casas para eles, e 67 casas foram doadas pelo governo de Omar Aziz a estes índios sem teto, através de uma articulação que fiz, solicitando apoio até de magistrados do Tribunal de Justiça do Amazonas.
Atualmente usando o poder de diálogo e entendimento, estou tentando ajudar famílias indígenas que estão acampadas há 06 meses na garagem da FUNAI, no centro de Manaus, sobrevivendo de forma precária, para conseguirem viverem dignamente.
Fiz e faço este trabalho através de uma Organização Indígena-COIAMA, que nunca recebeu 01 centavo sequer de órgãos públicos nem empresas ou pessoas fisicas ou qualquer outra ONG.
Durante estes 16 anos perdí um Jornal "O Solimões" por pressões políticas, para que eu não continuasse esta luta.
Fui perseguida juntamente com minha familia, caluniada, discriminada por funcionários da FUNAI, vizinhos e até mesmo por parentes indígenas que cooptados por políticos preferiram jogar pedras em quem estava trabalhando por eles, do que ajudar a melhorar a sua qualidade de vida.
Não gosto da política partidária, mas fui obrigada pelas circunstâncias a me candidatar a deputada estadual pelo Amazonas, a fim de provar que era Ficha Limpa, para calar os caluniadores e sem ter essa pretensão acabei quebrando um tabu, sendo a primeira descendente indígena a ter sua candidatura homologada pelo Tribunal Regional Eleitoral no Estado.
Não preciso escrever aqui a discriminação que sofrí pois já o fiz em outros artigos apenas acrescento que sequer um jornalista publicou alguma matéria sobre este fato, até porque todos já me conheciam por essa luta indígena, como a Coordenadora geral da COIAMA, como também não lí nenhuma matéria nos jornais locais sobre os Decretos da Presidenta Dilma Rousseff que assinou no dia 19 de abril/Dia do Índio, que homologou as Terras Indígenas de Sapotal em Tabatiinga e Barro Alto em Tonantins no estado do Amazonas.
Sendo a terra indigena Sapotal, o local onde foi fundada a primeira Organização Indígena do povo Cocama-COIAMA, que já na metade da década de 90, fez sua primeira aparição no cenário indigenista nacional, pela contestação dos limites da TI ÉVARE I, que foi demarcada de forma errônea pela FUNAI como sendo apenas para os índios da etnia Ticuna quando na mesma terra haviam também; Cocamas, Kanamari, Caixana e outros que por causa disto foram reconhecidos, perante o Estado brasileiro e seus direitos indígenas respeitados.

Relatório da demarcação de dezenas de terras indígenas Kokama, que foram homologadas pelo Governo Federal por solicitação da Coordenadora Geral da COIAMA, Maria Regina Bivar Silva.
Regina Silva Kokama, com os caciques Kokama da Região do Alto Solimões.
Regina Silva Kokama, na sede da FUNAI em Manaus, com dois lideres Kokama de Santo Antônio do Iça e Tabatinga, mostrando onde habitam o povo Kokama, para antropólogas responsáveis pela identificação dos Kokamas, por determinação do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso.


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