segunda-feira, 9 de maio de 2011

COIAMA LUTA PELA CRIAÇÃO DO ASSENTAMENTO MANAÓS

O Vice presidente do TJAM Domingos Chalub, prometeu apoiar os índios Cocama que lutam pela criação da Comunidade Indígena Manaós, e que estão atualmente habitando de forma précaria em uma garagem da FUNAI, localizada no centro da cidade de Manaus.
Em 19 de abril de 2010 (Dia do Índio), a Coordenadora Geral da COIAMA, Maria Regina Bivar Silva juntamente com sua filha Isabel Ribeiro Bivar Silva, promoveram o Primeiro Encontro Cultura Indígena na sede da COIAMA, cujo objetivo principal era ajudar as dezenas de famílias que estavam sem teto em Manaus, sobrevivendo de forma humilhante nas praças públicas do centro de Manaus ou áreas de riscos e invasões comandadas por movimentos organizados dos sem terras.
Maria Regina Bivar Silva e Isabel Ribeiro quandofalavam sobre o projeto ''Comunidade Indígena Manaós''.

Depois deste Encontro Cultural, Regina Silva encaminhou ofícios às autoridades do Amazonas, solicitando audiências para buscar apoio, o Desembargador Domingos Chalub, que na época era o Presidente do TJAM e substituia por diversas vezes o governador do Estado, em sua ausência, se prontificou em ajudar e encaminhou 02 ofícios: 01 para o Governador Omar Aziz e outro ao Prefeito Amazonino Mendes, o primeiro, determinou a Superintendência de Habitação do Amazonas-SUHAB, a resolver os problemas dos índios que haviam sido cadastrados para ganhar as casas, o que aconteceu.  Enquanto o Prefeito de Manaus, enviou resposta ao TJAM, através do of. n 2276/GC assinado pelo Secratário-Chefe do Gabinete Civil João Coelho Braga no qual afirmava: "Reforçamos o compromisso de viabilizar a "Comunidade Indígena Manaós".  Como a Coordenadora da COIAMA, Regina Silva foi a autora do projeto ''Comunidade Indígena Manaós'' e até o presente momento, não havia sido convidada pela Prefeitura de Manaus, para acertar detalhes sobre este assentamento indígena, e como 12 familias indígenas cocamas que estão habitando de forma precária em uma garagem da FUNAI, localizada no centro de Manaus, Regina Silva solicitou mais uma vez o apoio do Desembargador Domingos Chalub, que protamente recebeu os cocamas em seu gabinete no TJAM, no dia 06/05/2011 e prometeu encaminhar cópia do projeto para o Prefeito Amazonino Mendes, para a construção de um assetamento autossustentável e preparado até para receber turistas que estarão em Manaus, para assistir a Copa do Mundo de Futebol em 2014.
Quanto aos parentes que para a capital vieram a alguns anos em busca de saúde, educação e melhor condição de vida e que não possuem moradia, sobrevivendo de maneira humilhante na cidade, poderia receber por parte dos governos, mais atenção, pois eles merecem respeito, pelo que representam para o mundo, como os defensores da floresta Amazônica, pois eles, mesmo sendo discriminados na cidade, jamais negaram sua etnicidade e tenho certeza, podem contribuir muito pelo desenvolvimento do estado.

Os indígenas que sobrevivem de forma precária na capital do estado, reconhecido no mundo, pela floresta amazônica e pelo maior número de etnias existente, infelizmente sofrem também, não somente discriminação mas ao descaso e o desprezo de autoridades que governam a cidade  e o estado.

Enquanto isto, Manaus abriga hoje mais de 35 mil indígenas e não tem uma aldeia sequer em sua área urbana, em que os indígenas pudessem trabalhar em projetos sustentáveis até mesmo, sendo uma atração turística para milhares de turistas que visitam Manaus, querendo conhecer a cultura indígena do estado conhecido no mundo pela sua diversidade etnica existente, mais que infelizmente os defensores da floresta amazônica, como são conhecidos os índios que aqui habitam, são relegados a sobreviverem como miseráveis na periferia de Manaus, sendo enganados por promessas politiqueiras de época de eleição, e os turistas decepcionados com esta triste imagem, vão embora para seus países, levando apenas a desagradável lembrança de uma cidade que tem como grande atração, culturas europeias copiadas, através de festivais de operas, em teatro, mercado e palácios construídos a semelhança de culturas e arquiteturas que eles estão cansados de ver em seus países.

A única coisa que se destaca como cultura no Amazonas é o festival folclórico de Parintins, que agrada a todos, pela temática eminentemente sobre as culturas indígenas amazônicas.

Pensando nisto, no dia 18 de abril de 2010, eu e minha filha Isabel Bivar resolvemos realizar o ''Primeiro Encontro Cultural Indígena'' e com isto difundir este evento, no sentido de conseguirmos parceiros e apoio, para fazer com que a cultura indígena do Amazonas pudesse ser valorizada, tanto como os eventos patrocinados pelo governo, que nada acrescenta a verdadeira história amazônica.

A COIAMA recorreu então ao Tribunal de Justiça do Amazonas, através do desembargador Domingos Jorge Chalub Pereira e do Ministério Público Federal no Amazonas, para buscar o apoio necessário para que os indígenas que não tem teto em Manaus, a exemplo dos índios Terenas de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que ganharam da Prefeitura, a primeira aldeia urbana do País, com 115 casas com toda infraestrutura, tivesse também a capital do Amazonas, que tem o nome de Manaus, em homenagem a etnia Manaós que foram os primeiros habitantes desta terra do grande líder e guerreiro indígena Ajuricaba, tivessem também um complexo comunitário indígena denominado Manaós.
Um projeto feito pela Coordenadora Geral da COIAMA, e uma planta idealizada  pelos índios cocamas, Lúcio e Elisiario através de um desenho, que logo que chegou as mãos do Desembargador Domingos Chalub que na época era o Presidente do TJAM, foi encaminhado pelo mesmo ao departamento de engenharia do TJAM, para se transformar em planta descritiva do projeto,como ele mesmo declarou, ‘’Como forma de ajudar os indígenas do Amazonas’’ em um projeto denominado ‘’Complexo Comunitário Indígena Manaós'', o qual existia também um compromisso por parte da Prefeitura de Manaus através do oficio número 2276/GC de que este projeto seria viabilizado, o que na realidade não aconteceu.

Tendo ainda os indígenas Luciminho Panduro e Elisiario Arirama, encaminhado cartas para A presidenta Dilma Rousseff, solicitando apoio para este projeto, e receberam respostas positivas através do Ministério das Cidades.

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