quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

UMA LUTA INCANSÁVEL

Regina Bivar Silva em visita a uma aldeia indígena no Alto Solimões
Geralmente ao fim de cada ano se faz uma retrospectiva com o objetivo de que no  próximo ano possa realizar novos projetos com maiores aproveitamentos. No meu trabalho indígena tenho no momento a satisfação do dever cumprido para com os meus semelhantes.
Como muitos já conhecem esse trabalho, não se faz necessário repetir detalhes. No começo, foi  o reconhecimento oficial do governo brasileiro, de um povo indígena já considerado extinto até pelos próprio órgão que os ignorava. No entanto após diversos problemas criados e solucionados o primeiro objetivo foi alcançado: Demarcação e Homologação das Terras Indígenas Cocama no Alto e Médio Solimões.
Atualmente, esses indígenas e outros de outros etnias que incentivados pelo Movimento que a COIAMA realizou, tem hoje os seus Direitos respeitados, auxílios de serviços sociais como qualquer cidadão brasileiro e se não estão em melhores situações talvez seja pelos seus atuais costumes culturais. A nossa luta tem sido um exemplo para parentes indígenas de outras etnias, que tem seguido o mesmo caminho para conseguir atingir seus objetivos em prol de suas comunidades.
Regina e o cacique Fausto, da comunidade indígena do Rio P da Eva.
Passada a fase das demarcações (assim denominadas por eles), começamos a pensar nos projetos de sustentabilidade. Diversos projetos foram elaborados e estão sendo realizados. Temos como exemplo a solicitação do Projeto Luz Para Todos, entregas de forno de farinha e motores para ralar mandioca para a produção de farinha e,  a solicitação ao governo de cestas básica para aquelas famílias indígenas que se encontram em situação de insalubridade, devido as constantes cheias e vazantes dos rios.
É claro que houve a parceria apenas do Governo Federal, pois é o único que sabe  como administrar esses problemas. E é claro que após tantos anos de aprendizado, a maioria dos índios após criarem suas próprias ONGs, já tem capacidade em administrar seus projetos o que me deixa muito feliz, o que esperamos que seja bem conduzido.
Regina e os caciques Bené e Sebastião no dia do Índio, concedendo entrevista para um jornal de televisão.
Com relação ao projeto de moradia, já começamos a obter êxito, pois uma família das 11 que habitava de forma bastante precária e de forma desumana em uma garagem de carros velhos no centro de Manaus, com a nossa ajuda foi contemplada com uma casa do Projeto Minha Casa Minha Vida, e não tardará e as outras famílias também poderão ser beneficiadas, o que muito nos alegra.

Em visita as aldeias indígenas Kokamas de Santo Antônio do Iça
Penso que agora os Kokama estão prontos a dirigir seus próprios caminhos, cabendo agora saber se conduzir com responsabilidade e lutando de acordo com as leis vigentes pelos seus direitos.

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