nível das águas do Rio Negro em Manaus chegou a marca de 29,72 mm e deverá hoje ou amanhã, superar a marca de 2009 de 29,77 mm a maior já registrada até agora.
Algumas pessoas que lêem nossos artigos devem estar achando estranho a minha troca de assuntos no entanto, sempre estou me referindo a natureza que faz não só parte da vida indígena, mas de todos os seres deste planeta.
O Amazonas tem mostrado que é um Estado forte na resistência pela preservação da floresta e também, para a proteção aos que herdarão essa maravilha que a natureza nos dá, apesar dos problemas causados com o passar dos tempos, pelos efeitos climáticos negativos ou pelas imposições industriais que o levam a sua desestabilização.
Houve diversas etapas: Primeiro quando os índios que comandavam o Estado foram quase dizimados para dar lugar ao chamado progresso, inclusive a tribo Manaós foi exterminada; Veio o período da borracha, quando segundo algumas pessoas dizem, se fumava com charuto enrolado em dinheiro!; Veio o período da Zona Franca, tudo era maravilhoso, turistas, eletrônicos jamais conhecidos e de boa qualidade, alguns até ficaram mais ricos; Veio o PIM, a nova roupagem da ZFM que está perdendo suas fábricas a cada dia e causando milhares de desempregos.
Mas, vamos ao assunto da natureza, existem os fenômenos que desde 1539, (ano em que um navegante espanhol chamado Francisco Orellana descobre um grande Rio em território brasileiro e o batiza de Rio Amazonas, depois de enfrentar uma tribo de mulheres guerreiras denominadas de Amazonas) persistem mais que apesar dos problemas que causam aos povos das florestas não é só aos índios, se percebe que nas áreas indígenas os problemas são amenizados através do próprio envolvimento índio/natureza porque apesar de não terem doutorados de climatológico geográficos, conseguem sofrer com moderação é como se eles fizessem suas próprias prevenções, coisa que os estudiosos só deixam para fazer nas últimas horas do problema.
Em 2009, a enchente no Amazonas foi uma das maiores, superando as marcas registradas no Porto de Manaus. Naquele ano, não houve a mobilização nem prevenção que está sendo feita agora pelos governos. A divulgação desse fato, só foi exaltada pela imprensa no Amazonas quando o nível do Rio Negro atingiu o recorde de 29,77mm e várias ruas de Manaus já estavam alagadas.
O meu canal no Youtube; http://www.youtube.com/rmbivar14 foi a única fonte de informação a respeito dessa enchente, o que confirma isso são os vídeos postados que tiveram milhares de acessos.
Neste ano 2012, falta pouco para o Rio Negro superar a marca de 2009, ao que parece, a preocupação de alguns é apenas com o recorde, esquecendo dos efeitos negativos após enchente. Esta enchente não só está alagando cidades, destruindo pontes e estradas e deixando milhares de famílias desabrigadas, como também está arrasando as plantações de trabalhadores rurais e ribeirinhos, caboclos e índios o que causará consequencia negativa na economia para centena de municípios onde as produções agrícolas estão sendo arrasadas com esta enchente.
Haverá aumento de preços de algumas frutas regionais, os acidentes por mordidas de cobra, escorpião e até pessoas com medo de sair de casa por causa de jacarés que estão procurando alimentos, isto aqui no Amazonas. Na capital Manaus, as águas do Rio Negro começaram a inundar as ruas e as galerias dos esgotos construídos no final do século 19, não está suportando o grande volume de águas do rio e das chuvas, causando grandes inundações em pleno centro da cidade.
No entanto, existe uma preocupação muito maior, após grandes enchentes como estas, virá a vazante que prejudicará a cadeia alimentar da população dos centros urbanos e no interior do estado, com a falta de peixes na mesa. Pois com a seca os grandes lagos piscosos da região vão ter cardumes de peixes dizimados, como aconteceu após a enchente de 2009 quando vários lagos, por falta de água ficaram prateados com peixes mortos.
Isto significa que após esta grande enchente, não haverá peixes com fartura, da mesma forma as plantações de macaxeiras que produz a farinha e frutas inundadas pela enchente, terão que ser replantadas, tudo isso em um prazo no mínimo de 1 ano, e a população que habitam no interior do estado, mais uma vez terão que lutar muito pela sobrevivência.
A farinha, as frutas e os peixes base de alimentação da população do Amazonas, com esta grande enchente e consequentemente a vazante que virá, ficarão escasso.
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