quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dilma vai lançar o Bolsa Verde para o povo que foi ameaçado de expulsão.

É salutar que a Presidenta Dilma Rousseff volte ao Amazônas pela segunda vez, agora, para lançar o Programa Bolsa Verde com o intuito de reconhecer os verdadeiros protetores da floresta Amazonica, índios, ribeirinhos, seringueiros, caboclos e outras populações extrativistas, que durante séculos habitam na Região sem causar impacto ambiental significativo.

Em Manaus, existe uma falácia de que, quem mantém a floresta amazônica em pé, sem grandes devastações é a Zona Franca de Manaus, hoje Pólo Industrial de Manaus.  Segundo os contadores de estórias, foi isso que fez o Estado do Amazonas a não ter um grande desmatamento.

Vejamos, na cabeça de quem, vai se configurar uma estória tão sem sentido como esssa!  Será que os homens e mulheres hoje, no PIM de Manaus, acostumados a vida urbana, caso essas fábricas fechassem, iriam adentrar nas matas para contar árvores de 20 a 30m. de altura?  É claro que não, até porque, cortar uma árvore da floresta amazônica, não é uma tarefa fácil, para quem não conhece e não convive no meio da floresta.

Dois motivos levaram o Amazonas a ser o Estado de toda a região amazônica a ter um pequeno índice de desmatamento, o primeiro foi e continua sendo a demarcação e homologação de terras indígenas que FHC, Lula e Dilma assinaram, tornando as TIs, nas quais os índios habitam, em áreas de preservação, assegurando aos indígenas o usufruto dessas terras e, a proteção do Estado, através das Forças Armadas, Polícia Federal e Ministério da Justiça a garantir que seus Direitos Constitucionais sejam respeitados.  Isso, foi fundamental para impedir a invasão descontrolada que havia anteriormente,por madeireiros, garimpeiros etc..

O segundo motivo, foi o trabalho desenvolvido por ONGs  indígenas como a Coordenação de Apoio aos índios Kokama, COIAMA, que através de sua Coordenadora geral e de alguns poucos caciques indígenas, travaram uma guerra, sem precedentes na história do Amazonas, para identificar, reconhecer, demarcar e homologar aldeias indígenas, que já eram consideradas extintas pelo próprio órgão de assistência aos índios do Brasil.  Estou me referindo a uma ONG indígena que nunca recebeu um centavo SEQUER, nem dos governos e nem de pessoas físicas e nem de ONGs internacionais e, que sobrevive há 16 anos, através do apoio dos próprios indígenas.

Com relação a algumas ONGs, que no Brasil e no exterior, pregam que através de projetos da sustentabilidade estão ajudando o povo da floresta amazônica, isto é apenas balela e falsa campanha, para pregar uma mentira e mostrar ao mundo, que eles realizam projetos de sustentabilidade, com isso estariam cumprindo sua parte com o meio ambiente, passando uma falsa imagem, para conseguir bons contratos, com empresas dos paises mais desenvolvidos, que só realizam negócios com empresas que estejam comprometidas com a preservação do meio ambiente.

A coisa é tão séria, que várias empresas aqui no Brasil, já criaram fachadas com departamentos e até diretorias de sustentabilidade, mais que na maioria das vezes usam de hipocrisia na questão ambiental, como aconteceu em jan/97, no Seminário Internacional da Presença Humana em Unidades de Conservação, realizada em Brasília, pela Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Cãmara Federal, quando a Rede Pro-Unidades de Conservação, formada por diversas ONGs ambientais, bastante conhecidas dos brasileiros, distribuiram manifesto contra a preservação humana em unidades de conservação e defenderam a retirada dos habitantes, inclusive as populações que tradicionalmente vivem nessas regiões,  e hoje, fazem campanha em rádios e televisão dizendo exatamente o contrário, que apoiam o povo da floresta amazônica e que realizam projetos  sustentáveis.

Por esse motivo é muito importante este Programa da Presidenta da República Dilma Rousseff, oferecendo não apenas R$50,00, que um ex-governador oferecia para alguns mas, sim, R$ 300,00, para a população que vive em estado de miséria, cuidando e preservando uma riqueza que é de todos brasileiros.  Espero apenas, que este Programa venha a somar a outros Projetos reais de sustentabilidade para o população sofrida da Amazônia.

Na  Amazônia hoje, 42% de sua população vivem em estado de miséria absoluta.  Recente pesquisa do IISS, um renomado Instituto de pesquisa da Inglaterra, afirma que; ''A pior ameaça na Amazônia é a pobreza generalizada, o que leva esta população carente, inclusive indígenas, a se perderem por caminhos da ilegalidade se tornando presa fácil de grupos estrangeiros".

Isto é uma ameaça a soberania do Brasil, e este Programa Bolsa Verde do governo Dilma, é muito importante para amenizar o sofrimento deste povo mas, significa apenas um pingo d água nos rios amazônicos. Agora e preciso também fazer uma observação óbvia com relação a este programa Bolsa Floresta; que os recursos destinados a este programa, sejam distribuidos pelos bancos ofíciais do governo e, que os cadastramentos sejam realizados por orgãos do próprio governo federal, para não vir a se transformar em instrumento político.

 O povo da Amazônia está realmente necessitando de políticas pública e de, projetos de sustentabilidade que possam realizar o verdadeiro desenvolvimento econômico e social da Amazônia, gerando a melhoria da qualidade de vida desta população que habitam numa das maiores florestas do mundo.

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