
As terras indígenas (TIs) da Amazônia funcionam como barreiras ao desflorestamento impedindo a destruição de quase 3,5 milhões hectares de florestas. Em efeito 74% delas possuem um desflorestamento interno bem menor do que as áreas de seu entorno. Estas informações constam do estudo realizado pela COIAB em parceria com a organização The Nature Conservancy (TNC). Um outro levantamento feito pelo Instituto Socio Ambiental (ISA), mostra que as reservas indígenas em áreas de fronteira são eficientes em conter o avanço da grilagem de terras e desmatamento na Amazônia. Na maioria das 24 áreas pesquisadas, incluindo as reservas em território amazonense, o desmate acumulado até 2006, é igual ou menor que 1% da área total. Os cálculos do estudo foram feitos pelo ISA, com base em dados de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Um outro estudo publicado na revista Conservation Biology)liderado pelo geólogo Daniel Nepstal, da universidade do Pará (UFPA), mostrou que as terras dos índios são hoje a maior barreira contra o desmatamento na Amazônia. O grupo mediu o desmatamento dentro e fora de 121 terras indígenas, 15 parques nacionais, 10 reservas extrativistas e 18 florestas nacionais. Segundo o estudo, diferente dos parques , as terras indígenas excluem ativamente os invasores.
A COIAMA fundada em 1995, surgiu da necessidade em fazer o governo federal ,reconhecer um êrro que a FUNAI havia cometido quando da demarcação do ÉVARE, que demarcou esta TI , só para o povo Ticuna, esquecendo dos Kokama e outras etnias que habitavam na mesma área. Mas, o Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu o êrro e mandou a FUNAI identificar , reconhecer e demarcar 21 áreas indígenas Kokama, tendo o Presidente Luís Inácio Lula da Silva, asssinado a homologação de cerca de 15 terras indígenas dos Kokama, chegando inclusive, a retificar o Decreto de 5 de janeiro de 1996 que homologou a demarcação do ÉVARE I, através do Decreto de 19 de Abril de 2005, para nele fazer constar que, a posse permanente desta terra indígena, destina-se também ao grupo indígena Kokama e com abrangência de Tabatinga a Santo Antônio do Iça no estado do Amazonas. Só por este fato, já teria justificado a fundação da COIAMA, que neste ano completa 15 anos de existência, lutando em prol do povo Kokama e por isto, seus Coordenadores se tornaram lideranças de exemplo de lutas, para outros índios de outras etnias, que hoje também reivindicam seus direitos Constitucionais. O único ponto negativo nesta historia de lutas para demarcações e preservação da Amazônia e que alguns segmentos, tentaram impedir estas demarcações, alegando que o Amazonas ja tinha muitas terras demarcadas para os índios. Isto e lamentável, esperamos que nossos parentes não se deixem levar, por estas falsas promessas é saibam separar o joio do trigo. Assista ao vídeo: COP-15 AMAZÔNIA, Clicando no link aqui; http://www.youtube.com/rmbivar14
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