sexta-feira, 19 de junho de 2009

A FLORESTA AMAZÔNICA E OS ÍNDIOS

Algumas autoridades do Amazonas, falam em garantir direitos aos povos indígenas, das comunidades,
agricultores familiares e pequenos produtores rurais, mas ninguém ,até o presente momento, viu
projetos de desenvolvimento sustentável com o objetivo de financiar as nossas comunidades e a nós que
sobrevivemos na floresta amazônica, apenas algumas iniciativas com projetos insustentáveis que não
são de acordo com a realidade dos povos indígenas. O engraçado nesta história é que existem recursos,
que foram disponibilizados por várias fundações, órgãos governamentais, e até ONGs internacionais
os quais fazem poderosas campanhas de preservação da floresta amazônica em todo o planeta.
Mas nós índios, ribeirinhos e caboclos, que conservamos e preservamos a floresta,
não temos tido do governo nenhuma consideração
até o presente momento. Não é o ribeirinho, nem o índio e muito menos o
caboclo que desmatam a floresta, até porque a fiscalização em cima de nós funciona de maneira cruel,
mas sim poderosos e madeireiros que fazem invasões em terras que habitamos, e retiram
madeiras nobres, muitas vezes com a vista grossa das autoridades locais. Quando denunciados, fazem
um jogo de empurra-empurra e, no final, acabam mentindo dizendo que a invasão não existiu, como
aconteceu com a na terra indígena Kokama, em São Gabriel/São Salvador em S.Antônio do Içá,
a qual foi invadida por pessoas que se diziam apoiadas por autoridades do município. Quando as
lideranças desta comunidades denunciaram este fato ao Ministério Público Federal, o chefe de posto da
FUNAI naquele município na época, negou que houvesse alguma invasão. O INCRA na época consultado,
assinou em baixo a mentira do chefe de posto e ambos enviaram ao MPF,declaração dizendo não
haver invasão na área indígena. Mas contrariando estas falsas declarações, em 12 de abril de 2007, a
antropóloga da FUNAI/Brasília, Silvia Regina Brogiolo Tafuri, em Memorando n 027/PGF/PFE//
FUNAI/CAC/07 a Diretora de Assuntos Fundiários da FUNAI/Brasília, confirmou a invasão de madereiros em nesta terra indigena, mas nenhuma providência foi tomada e o processo de demarcação desta TI esta paralizada.

Não adiantou o povo indigena desta TI, fazer abaixo assinado, porque no final acabou prevalecendo a mentira do então chefe de posto do PIN Betánia, que depois acabou se elegendo Vereador, e a invasão que ele disse não existir, hoje pode ser vista até pelo mapa do Google, inclusive com a devastação que foi provocada pelos invasores. Ou seja, mesmo passados 511 anos da primeira invasão do homem branco nas terras que outrora era dos índios, hoje ela contnua a prevalecer de uma forma ou outra usando outros meios e artíficios modernos, através do sistema político.
 A invasão em terras indígenas é a pedra no sapato dos índios, que não tem fim, as pressões são inúmeras e bastante fortes, vindas principalmente de madereiros que cobiçam a riqueza florestal em terras indígenas e o pior eles sempre contam com o apoio de polítícos.


Assista aos vídeos sobre o clamor dos índios acessando;   http://www.youtube.com/rmbivar14

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