domingo, 14 de dezembro de 2008

Pesquisas X Antropologia

Jornal ''O Solimões'' fundado por Regina, seu companheiro Isaias e os Jornalistas Gabriel Andrade e Manoel Marques que com muito sacrificio mantiveram este tabloide circulando durante 04 anos.

Este Jornal deixou de circular devido a falta de patrocinadores, os anunciantes retiraram seus anúncios publicitários por pressão politica. E ''O Solimões'' foi o grande Arauto dos Indios brasileiros principalmente dos indios Kokamas.


Pesquisando sobre a COIAMA na página do Google, li um estudo escrito por uma tal pesquisadora chamada P. Faulhaber, do Museu Paraense Emilio Goeldi/MCT, Coordenação de Ciências Humanas e que consta no acervo dos arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro U61,n2, p-61-70,abr/jun/2003, intitulado “Processos Jurídicos, Ação Corporativa e Etnopolítica Ticuna no Brasil”,do qual passo a comentar a seguir:

É lastimável os meios e a forma que certas pessoas tentam se divulgar sem contudo ter os verdadeiros conhecimentos do assunto ao qual pretendem se perpetuar, chegando até a se exceder em suas escritas, acusando/afirmando, assuntos ao que parece totalmente desconhecidos quando se refere e descreve sobre o “Contraditório”. A começar, a COIAMA é uma Coordenação de Apoio aos Índios Cocama e, não Confederação Indígena da Amazônia, não “está vinculada a interesses de empresários envolvidos com a exploração de recursos do território Ticuna”

. Para que não se estenda neste assunto sem nexo, convidamos esta pessoa chamada P. Faulhaber a ler o artigo “A Floresta Amazônica, os Índios e a ONU’’, no Jornal de Debates a fim de que ela possa conhecer realmente o que é a COIAMA, onde e quem fundou. Leia também o jornal ‘’O Solimões’’ numero 18 de setembro de 1995 que em seu editorial descrevia assim a COIAMA: ‘’A ONG Cocama é inédita por que talvez seja a única no mundo planejada e executada no seio do povo a quem representa. A ONG não sofreu influência externa na sua criação. Ela veio como um clamor do povo Cocama contra a dominação e o abandono. A ONG Cocama serve de alerta aos que criam organizações em nome do povo da selva para delas, usufruírem em proveito próprio. Ninguém redescobriu os Cocamas, foram eles próprios que se despiram da humildade e se lançaram de novo á guerra, agora sem armas nas mãos mas com idéias na cabeça. Aquartelados em sua ONG, os Cocamas travam nova batalha, que ameaça principalmente os falsos ecos-ambientalistas que vivem de explorar a condição do índio amazônida’’.

O que tenho a afirmar é que apesar da interpretação distorcida sobre esta COORDENAÇÃO DE APOIO, os Cocama estavam dentro de seus Direitos Constitucionais, a prova está que os dois Presidentes da República estudaram este assunto e FHC, aceitou o pedido da contestação e o Presidente Lula no dia 19/05/05, assinou o decreto da homologação, para os Cocama dentro do ÉVARE I. E, tem mais, a COIAMA, continua trabalhando em prol das causas indígenas.

É uma pena que após estudar durante anos essas pessoas escrevem ofendendo religião, órgãos assistenciais enfim.... Afinal, quem ou o que esta pessoa está tentando defender? Ah! um conselho: quando uma pesquisadora, antropóloga ou escritora decidir falar/escrever sobre assuntos indígenas que é um assunto muito complexo, procure pesquisar a fim de falar as coisas certas e, se possível, ouvir as partes envolvidas no pretenso estudo, caso contrário, vai parecer que a parcialidade contida em alguns estudos antropológicos é proposital, evidenciando apenas a construir um fato que não condiz com a verdade, visando a prejudicar através da falácia um grupo étnico que buscava tão somente o seu reconhecimento e o Direito Constitucional de habitar em terras que já lhes pertencia há séculos, e que por um trabalho antropológico feito a revelia, queriam extingui-los ou obrigá-los a se camuflar em outro grupo étnico.

Graças as lideranças indígena Cocama e todos aqueles que lutaram através da Coordenação de Apoio aos Índios Cocama-COIAMA, este plano maquiavélico e com interesses inconfessáveis não se concretizaram, e essa etnia passou a ser reconhecida e respeitada, tendo suas terras demarcadas dentro de uma área que havia sido demarcada como território exclusivo para outra etnia, que também foi prejudicada neste trabalho antropológico que colocou sob suspeita esta demarcação, haja vista que o grupo étnico Cocama foi obrigado a contestar o citado trabalho do GT da FUNAI, para garantir seus Direitos Constitucionais.

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