Um Movimento indígena não se faz apenas em fatos que surgem através de atitudes que possam prejudicar setores de uma sociedade organizada mais, através de situações que venham a se apresentar como um modelo de desenvolvimento para integrar os valores culturais, tradicionais e históricos.
As lideranças que fazem parte deste Movimento Indígena
COIAMA, hoje, além das demarcações, lutam também em prol da sustentabilidade do
nosso povo indígena, e do resgate da cultura do Povo indígena Manaós, que
habitaram na capital do Amazonas e que foram dizimados.
Tendo hoje em Manaus, grupos indígenas que se deslocaram de suas terras tradicionais do interior do Estado, alguns até com terras demarcadas e homologadas pela Presidenta do Brasil Dilma Rousseff, mas que por falta de um projeto de sustentabilidade que possa tirar eles do isolamento, miséria e abandono por parte de governos, migram para as cidades em busca de uma vida melhor, e acabam se envolvendo com Movimentos ditos sociais, fazendo parte de uma grande estatística de bolsões de miséria nas grandes cidades.
Ficando evidente desta forma, que o problema não é de habitação, mais sim, de sustentabilidade. As lideranças indígenas do Movimento indígena COIAMA, até pelo seu extinto de preservacionistas, jamais se envolveriam em movimentos sociais de invasões de terras em áreas de proteção ambiental, porque de Fato e Direito tem um histórico de lutas e as lideranças tem consciência que só através de reivindicações legitimas e de direitos indígenas e que vão conseguir atingir seus objetivos.Veja a seguir o Projeto do Movimento Indígena Coiama, que já foram entregues cópias para o Governo do Amazonas e aos parlamentares, um da Assemblêia Legislativa e outro da Câmara Municipal de Manaus, que até agora não se manifestaram e nada fizeram em prol da implantação deste Projeto em Manuas:
''PROJETO DO COMPLEXO COMUNITÁRIO INDÍGENA MANAÓS''
Planta do projeto
feita através de um desenho feito pelos indígenas , Lucio kokama e Eliziario
kokama , que foi entregue ao Desembargador Domingos Chalub , que na época era o
presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas e a título de colaboração
encaminhou o ofício ao governo do estado e a prefeitura de Manaus e mandou o
departamento de engenharia do TJ- AM elaborar esta planta do projeto .
OBJETIVO DO PROJETO
Os projetos são os instrumentos para promoção humana que
visam sua importância ao mesmo tempo em que estimulam o processo de
desenvolvimento para as comunidades indígenas em aldeia, nos municípios do
interior do estado, como também para aqueles que habitam em áreas urbanas, mas
que não querem perder sua identidade cultural indígena e desta forma também,
fazer sua auto-sustentação. Este é um exemplo do projeto dos primeiros
habitantes de Manaus do Complexo Comunitário Indígena Manaós.
Esta etnia que nos serve até hoje, como incentivo para a
sustentabilidade e sobrevivência.
CONSISTÊNCIA
Consiste na construção de 30 casas para as famílias
indígenas que fazem parte deste projeto, famílias sem teto, que estão habitando
de forma precária e insalubre nas periferias de Manaus e em uma garagem de um orgão público federal no centro de Manaus. Além destas casas com
infra-estrutura necessária e equipamentos comunitários para as famílias indígenas,
haverá um centro comunitário em memorial ao indígena AJURICABA, equipado com
auditório com capacidade para 150 pessoas devidamente sentados com copa ,
cozinha e telão , equipamentos de TV e rádio , para realização de eventos , as
casas poderão ser construídas com base e os banheiros de alvenaria , as paredes
em madeira de lei , com 2 quartos , 1 banheiro sala e cozinha.
SAÚDE
Um pequeno posto de atendimento com médico, dentista e medicina
indígena , com equipamentos de primeiros socorros e remédios .
EDUCAÇÃO
Escolas e professores indígenas não existia em Manaus .
Há pouco tempo esse
quadro começou a mudar e a escola nas comunidades indígenas ganhou um novo
significado e um novo sentido, como meio para acesso de conhecimentos gerais
sem precisar negar suas especificidades culturais e suas identidades étnicas.
Desta forma surge um novo modelo incorporado pelo estado
brasileiro , para a introdução da escola em comunidades indígenas , pautada
fundamentalmente pelos princípios e respeito á organização social indígena e a
valorização de suas línguas maternas e dos saberes e conhecimento tradicional
desses povos ( o governo brasileiro e a educação indígena / 1995-1998 ).
Com esse respeito e baseado nesses princípios é preciso que
faça uma escola com a responsabilidade da recuperação da memória e da
identidade da etnia , e devendo ser composta por 1 escola na estrutura e forma
da educação indígena mas também poderá ter 10 computadores telão , máquina de
Xerox , impressoras , motor para luz e poço artesiano.
SUSTENTABILIDADE
Como toda convivência comunitária , a união fortalece e
melhora a independência econômica humana colaborando também, para o
desenvolvimento sustentável do município, deverá haver uma área a ser aprovada
posteriormente para o plantio de hortaliças e roças indígenas e também para
mostrar aos turistas a forma como os índios sobrevivem.
Faz-se necessário um viveiro para criação de peixes em
cativeiro.
Há necessidade de área verde.
Uma área verde ao redor da comunidade, para que os indígenas
possam fazer um desenvolvimento sustentável através do extrativismo
TURISMO
A construção de uma casa com 10 quartos com infra-estrutura
necessária para receber os turistas que quiserem conhecer ou conviver com a
vida indígena.
Este projeto está sendo elaborado apenas pelo grupo da etnia
kokama conforme solicitações anteriores que reinvidicam moradia, educação e
saúde uma vez que não possam contar com nenhum amparo institucional, mas outras
famílias de outras etnias serão convidadas a participar deste projeto.
Este projeto foi
criado pelo povo kokama e está sendo administrado pela COIAMA desde a
sua criação em abril / 2010 . Foi baseado num projeto do Mato Grosso do Sul
denominado “Aldeias Urbanas” , ou índios na cidade , divulgada na revista da
FUNAI – Brasil / indígena – 2001.
Tendo sido registrado em Cartório, sendo seus direitos reservados a
Coordenação de Apoio aos Indios kokama – COIAMA , tendo como responsável os coordenadores – Maria Regina Bivar
Silva e Luciminho Moraes Pandura Filho da etnia kokama .
Manaus , 20 de abril de
2011


Nenhum comentário:
Postar um comentário