quinta-feira, 18 de abril de 2013

PROJETO COMPLEXO COMUNITÁRIO INDÍGENA MANAÓS

                  Regina juntamente com várias lideranças da COIAMA, tem lutado muito em prol de projetos sustentáveis e de um programa habitacional para a população indígena do Amazonas.

Um Movimento indígena não se faz apenas em fatos que surgem através de atitudes que possam prejudicar setores de uma sociedade organizada mais, através de situações que venham a se apresentar como um modelo de desenvolvimento para integrar os valores culturais, tradicionais e históricos.

As lideranças que fazem parte deste Movimento Indígena COIAMA, hoje, além das demarcações, lutam também em prol da sustentabilidade do nosso povo indígena, e do resgate da cultura do Povo indígena Manaós, que habitaram na capital do Amazonas e que foram dizimados.

Tendo hoje em Manaus, grupos indígenas que se deslocaram de suas terras tradicionais do interior do Estado, alguns até com terras demarcadas e homologadas pela Presidenta do Brasil Dilma Rousseff, mas que por falta de um projeto de sustentabilidade que possa tirar eles do isolamento, miséria e abandono por parte de governos, migram para as cidades em busca de uma vida melhor, e acabam se envolvendo com Movimentos ditos sociais, fazendo parte de uma grande estatística de bolsões de miséria nas grandes cidades.

Ficando evidente desta forma, que o problema não é de habitação, mais sim, de sustentabilidade. As lideranças indígenas do Movimento indígena COIAMA, até pelo seu extinto de preservacionistas, jamais se envolveriam em movimentos sociais de invasões de terras em áreas de proteção ambiental, porque de Fato e Direito tem um histórico de lutas e as lideranças tem consciência que só através de reivindicações legitimas e de direitos indígenas e que vão conseguir atingir seus objetivos.Veja a seguir o Projeto do Movimento Indígena Coiama, que já foram entregues cópias para o Governo do Amazonas e aos parlamentares, um da Assemblêia Legislativa e outro da Câmara Municipal de Manaus, que até agora não se manifestaram e nada fizeram em prol da implantação deste Projeto em Manuas:
             
''PROJETO DO COMPLEXO COMUNITÁRIO INDÍGENA MANAÓS''
Planta do projeto feita através de um desenho feito pelos indígenas , Lucio kokama e Eliziario kokama , que foi entregue ao Desembargador Domingos Chalub , que na época era o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas e a título de colaboração encaminhou o ofício ao governo do estado e a prefeitura de Manaus e mandou o departamento de engenharia do TJ- AM elaborar esta planta do projeto .

OBJETIVO DO PROJETO
Os projetos são os instrumentos para promoção humana que visam sua importância ao mesmo tempo em que estimulam o processo de desenvolvimento para as comunidades indígenas em aldeia, nos municípios do interior do estado, como também para aqueles que habitam em áreas urbanas, mas que não querem perder sua identidade cultural indígena e desta forma também, fazer sua auto-sustentação. Este é um exemplo do projeto dos primeiros habitantes de Manaus do Complexo Comunitário Indígena Manaós.
Esta etnia que nos serve até hoje, como incentivo para a sustentabilidade e sobrevivência.
CONSISTÊNCIA
Consiste na construção de 30 casas para as famílias indígenas que fazem parte deste projeto, famílias sem teto, que estão habitando de forma precária e insalubre nas periferias de Manaus e em uma garagem de um orgão público federal no centro de Manaus. Além destas casas com infra-estrutura necessária e equipamentos comunitários para as famílias indígenas, haverá um centro comunitário em memorial ao indígena AJURICABA, equipado com auditório com capacidade para 150 pessoas devidamente sentados com copa , cozinha e telão , equipamentos de TV e rádio , para realização de eventos , as casas poderão ser construídas com base e os banheiros de alvenaria , as paredes em madeira de lei , com 2 quartos , 1 banheiro sala e cozinha.  

SAÚDE
Um pequeno posto de atendimento com médico, dentista e medicina indígena , com equipamentos de primeiros socorros e remédios .

EDUCAÇÃO
Escolas e professores indígenas não existia em Manaus .
 Há pouco tempo esse quadro começou a mudar e a escola nas comunidades indígenas ganhou um novo significado e um novo sentido, como meio para acesso de conhecimentos gerais sem precisar negar suas especificidades culturais e suas identidades étnicas.
Desta forma surge um novo modelo incorporado pelo estado brasileiro , para a introdução da escola em comunidades indígenas , pautada fundamentalmente pelos princípios e respeito á organização social indígena e a valorização de suas línguas maternas e dos saberes e conhecimento tradicional desses povos ( o governo brasileiro e a educação indígena / 1995-1998 ).
Com esse respeito e baseado nesses princípios é preciso que faça uma escola com a responsabilidade da recuperação da memória e da identidade da etnia , e devendo ser composta por 1 escola na estrutura e forma da educação indígena mas também poderá ter 10 computadores  telão , máquina de Xerox , impressoras , motor para luz e poço artesiano.

SUSTENTABILIDADE 
Como toda convivência comunitária , a união fortalece e melhora a independência econômica humana colaborando também, para o desenvolvimento sustentável do município, deverá haver uma área a ser aprovada posteriormente para o plantio de hortaliças e roças indígenas e também para mostrar aos turistas a forma como os índios sobrevivem.
Faz-se necessário um viveiro para criação de peixes em cativeiro.
Há necessidade de área verde.
Uma área verde ao redor da comunidade, para que os indígenas possam fazer um desenvolvimento sustentável através do extrativismo

TURISMO
A construção de uma casa com 10 quartos com infra-estrutura necessária para receber os turistas que quiserem conhecer ou conviver com a vida indígena.

Este projeto está sendo elaborado apenas pelo grupo da etnia kokama conforme solicitações anteriores que reinvidicam moradia, educação e saúde uma vez que não possam contar com nenhum amparo institucional, mas outras famílias de outras etnias serão convidadas a participar deste projeto.

Este projeto foi  criado pelo povo kokama e está sendo administrado pela COIAMA desde a sua criação em abril / 2010 . Foi baseado num projeto do Mato Grosso do Sul denominado “Aldeias Urbanas” , ou índios na cidade , divulgada na revista da FUNAI – Brasil / indígena – 2001.
Tendo sido registrado em Cartório, sendo seus direitos reservados a Coordenação de Apoio aos Indios kokama – COIAMA , tendo como responsável  os coordenadores – Maria Regina Bivar Silva e Luciminho Moraes Pandura Filho da etnia kokama .


Manaus , 20 de abril de 2011 

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